domingo, 3 de fevereiro de 2013


Olha só o que veio parar na minha varanda! Rafael trouxe esta mudinha de Quissamã, arrancada do chão já com as raízes por baixo.
Quando a gente começa a plantar, começa a ter uma outra percepção de tempo. O imediatismo da sociedade moderna perde a vez. Deve ser que nem ver filho crescer (isso eu ainda vou saber). O tempo que demora pra árvore maturar e começar a dar sombra pode parecer longo demais quando eu comparo com o tempo da minha vida. Até lá – fico pensando – já vou estar com tantos anos. Será que ainda vou estar morando aqui pra ver? E o tempo que demora pra uma mudinha crescer e se tornar um arvoredozinho independente? Nossa, como passa rápido! Quando faz muito tempo de seca eu percebo. Se chove intercaladamente com sol, fico tranquila pois a nutrição veio a contento. E quando chove muito, eu tenho bons motivos para ficar feliz. As pancadas de chuva no verão ou o chuvisco permanente em novembro adquiriram novo significado agora.  E quando vem o sol, eu corro lá fora pra ver. Tem sempre um monte de brotinhos novos nos galhos, cheios de vitalidade. Coisa que eu nunca reparava antigamente. Percebi que começar uma relação com as plantas é estar mais perto da natureza da gente.

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