Olha só o que veio parar na minha varanda! Rafael
trouxe esta mudinha de Quissamã, arrancada do chão já com as raízes por baixo.
Quando a gente começa a plantar, começa a ter uma
outra percepção de tempo. O imediatismo da sociedade moderna perde a vez. Deve
ser que nem ver filho crescer (isso eu ainda vou saber). O tempo que demora pra
árvore maturar e começar a dar sombra pode parecer longo demais quando eu
comparo com o tempo da minha vida. Até lá – fico pensando – já vou estar com
tantos anos. Será que ainda vou estar morando aqui pra ver? E o tempo que
demora pra uma mudinha crescer e se tornar um arvoredozinho independente?
Nossa, como passa rápido! Quando faz muito tempo de seca eu percebo. Se chove
intercaladamente com sol, fico tranquila pois a nutrição veio a contento. E
quando chove muito, eu tenho bons motivos para ficar feliz. As pancadas de
chuva no verão ou o chuvisco permanente em novembro adquiriram novo significado
agora. E quando vem o sol, eu corro lá
fora pra ver. Tem sempre um monte de brotinhos novos nos galhos, cheios de
vitalidade. Coisa que eu nunca reparava antigamente. Percebi que começar uma
relação com as plantas é estar mais perto da natureza da gente.
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