Aproveitando
a pegada da semana de aleitamento, resolvi manifestar minha tímida participação
através deste blog.
É que tenho
percebido a enorme quantidade de mães que dão mamadeira sei lá de quê pra seus
bebês recém-nascidos. Acho lindo uma mãe que decide amamentar seu filho. Bem,
eu sou uma delas... J
Portanto posso me arriscar a falar do assunto.
Pra início de
conversa, amamentar não é fácil. No começo pode mesmo acontecer de o bico
rachar e doer. No meu caso, rachou pouco. Doeu sim, bastante. Eu virava o rosto
pra outro lado e apertava os dentes pra tentar aliviar a dor e a tensão. E
depois de alguns minutos (ou talvez fossem só segundos, não sei), a dor se
tornava suportável. E eu olhava novamente meu bebê e então podia acariciar sua
pele, seu cabelo, sentir sua incrível proximidade que aquele momento
proporcionava. Eu podia ficar horas só olhando, enquanto ela mamava. Sim,
porque já me aconteceu de ficar mais de uma hora sentada amamentando.
No início,
Abeille mamava mais ou menos de hora em hora. Dava um intervalo maior de duas
em duas horas na madrugada, quando eu aproveitava para tirar uns cochilos.
Dormia cerca de 4 horas intercaladas por dia nas primeiras três semanas. Fiquei
tipo zumbi. Depois melhorou um pouco. Foi quando eu voltei para a minha casa,
em outra cidade, longe de mãe, sogra, tias, irmãs... Só nós três: Mamãe, papai
e Abelhinha. O Rafa voltou a trabalhar e no final das contas, ficamos em casa
eu e ela somente. Eu tinha que aproveitar os cochilos da pequena para me
alimentar, tomar banho, cuidar da casa...
A amamentação
tornou-se prioridade na minha vida. Mas foi possível sim. E tem um monte de
vantagens:
Eu posso
esquecer tudo ao sair, mas garanto que Abeille estará alimentada.
O peito
acalma a criança. Nas crises de cólica, costuma ser um paliativo natural.
Leite materno
é vacina natural, todo mundo deve saber.
Não corri o
risco de superalimentar o bebê (e olha que ela mama muuuito).
Amamentar
emagrece, se não pela descarga hormonal, então pelo pouco tempo que lhe resta
para comer.
Amamentar é
um ato de amor à parte do sitema capitalista.
Com o tempo,
o desgaste é menor. O bebê começa a dormir melhor, a dar um espaço maior entre
as mamadas e a se distrair com a presença de outras pessoas.
O importante
foi ter consciência de que essa fase passa. Tive coragem e disposição para
enfrentar o cansaço físico e mental e me doar completamente para outra pessoa.
Pelo menos por 6 meses. Depois eles crescem e vão brincar, estudar, namorar,
casar. E não vão estar tão próximos e dependentes. Que bom! Mas eu pude viver
um dos momentos mais intensos na relação mãe e filho. A fase mais
gostosa da minha vida!
As postagens estão lindas! Tenho acompanhado todas.
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